quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Você já perdeu um parente?

Quem nunca perdeu alguém para a morte, sabe muito bem que este dia irá chegar (caso você não seja o próximo), mas por mais que a gente saiba que não somos eternos, não estamos preparados. Este mês perdi um ente querido e a dor é algo que não dá pra descrever, é horrível.

Durante minha vida, já “presenciei” a morte de muitos parentes, amigos, vizinhos... Porém, nunca senti tanto uma morte como estou sentindo agora com a minha tia Irací. Uma dor que me faz passar mal, me sentir mal, muito triste, fraca e impotente.




Neste tempo pude percebê-la se apegando muito a religião (ela era católica), então vivia assistindo às missas nos canais católicos pela TV ou pelo Rádio. Chegou a escrever uma carta a uma santa, pedindo um milagre, implorando para ser curada e poder dar o testemunho dela de vitória, entre outras promessas, enviar cestas básicas para uma igreja durante um ano.

Acompanhei um pouco da sua angústia, medo, desespero e desconfiança de que iria morrer e eu reagia sempre dizendo à ela que tivesse forças que o quadro iria mudar e melhorar que o que ela tinha não era grave. Ela não queria ver mais ninguém, não queria que ninguém a visse daquele jeito. Dizia ela que não se reconhecia mais no espelho.

Apesar dos pesares, nunca imaginei que ela fosse morrer ou talvez eu não quisesse aceitar essa possibilidade.



Minha tia adorava viver, adorava dançar e estar em festas com amigos e vizinhos. Sempre animada e sempre procurava me chamar ou ficar comigo e meus pais nas festas juninas ou de fim de ano. Era uma mulher vaidosa, se amava muito e eu admirava isso nela. Uma mulher muito ativa, vai fazer muita falta.

Seus últimos dias de vida ela estava passando aqui em minha casa e em seguida ficou internada por uns 6 dias.

Recebi a notícia de forma abrupta às 6 da manhã quando ainda estava dormindo, acordei com o telefonema que iria mudar o meu dia completamente.

Desde então estou com o meu sistema nervoso muito abalado e fragilizado sem condições de fazer nada. Tenho que reconhecer que a religião nessas horas serve muito para quem tem fé tanto para quem morre quanto para quem fica no luto. Elas sofrem menos por terem esperanças que seu ente querido está bem em algum lugar. Quando no meu caso a vejo como uma vela que se apagou para sempre, que nunca mais irei vê-la e nem interagir com a mesma, nessas horas a realidade dói e dói bastante.

Porém, eu sei que essa fase horrível de luto vai passar e que só me restará a saudade e as boas lembranças, afinal, infelizmente morrer faz parte da vida.



Aproveito para agradecer à todos os recados de força e companheirismo que recebi após compartilhar desta notícia no Youtube.



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